quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

estágio

começou o temido e ansiado primeiro estágio de enfermagem.. levanto-me às 6h, apanho autocarro às 7.15h, chego ao hospital às 7.40h, espero uns bons 5 minutos pelo elevador (está fora de questão subir 7 andares de escadas - sim, o exercício faz muito bem mas garanto que no estágio tenho exercício suficiente), 10 minutos para fardar e arrumar tudo no cacifo (pequeno cacifo esse que tem que dar para 7 alunos), às 8h em ponto no gabinete de enfermagem pronta para assistir à passagem de turno. ontem foi o primeiro dia que assisti à passagem de turno, excusado será dizer que muita coisa me escapou.. era só siglazinhas fofas e tumores para ali, sondas vesicais para acolá (dos quase 30 dentes que lá estavam ontem, 29 estavam algaliados - o lindo serviço em que eu calhei, vou ver pipis e pilinhas todos os dias, provavelmente nos piores estados possíveis..). ficámos assim a saber que a maioria dos doentes do nosso serviço tem tumores e morrem muitos com infecções.
pelo que nos disseram houve um doente a que que lhe foi amputado o pénis por causa de um tumor. para terem uma ideia ponham no google "tumor do pénis" e dêem uma vista de olhos nas imagens. já está? aposto que agora vão voltar com outra satisfação para o vosso trabalho e vão olhar para o vosso dito órgão ou o do vosso companheiro com alegria e alívio. de nada, sempre às ordens.

agora vocês perguntam-se: mas Maria, se te levantas tão cedo o quê que estás a fazer acordada?
pois. adormeci de tarde quando cheguei hoje do hospital visto ter-me deitado tarde a noite anterior e estar com as pernas moídinhas de tanto tempo em pé, agora estou com sérios problemas em adormecer. amanhã que é o dia que o estágio começa mesmo a sério, que vamos estar com os doentes e ajudar os enfermeiros a prestar cuidados, vou estar com sono..

pus-me a ver vídeos de penteados que posso fazer com o cabelo atado. já que tenho que andar com ele assim todos os dias ao menos que arranje maneira de parecer mais bonitinha. sim, porque já basta parecer uma padeira com a farda. onde vão os tempos em que as enfermeiras usavam vestido e aquela coisinha fofa na cabeça que lhes dava um toque feminino.. bons tempos!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

estava aqui a pensar


enquanto estou com o meu orgulho ferido, que se algum dia ele me magoa, se algum dia ele me deixa ferida, será só uma vez. my heart takes a lot, but not everything. and definitly can't take any more stabbing. 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

what the heck is happenning??


ora então, ontem, dia dos namorados, casou-se uma rapariga que eu conheci lá nos nortes da europa. até nem seria uma coisa de outro mundo, se eu não tivesse assistido à primeira vez que ela conheceu o marido (que na altura estava quase estava noivo de outra pessoa - parece que depois não correu tão bem, vá se lá perceber) e se ela não tivesse menos um ano que eu.

ora então está bem, universo. ora então está bem. estamos todos doidinhos ou eu é que estou a ficar velha?

eu sabia que isto um dia ia começar a acontecer, só não estava à espera que fosse já. isto de começar a ver casamentos e noivados all around me está a começar a dar-me um bocadinho de comichão. mas pronto, é coisa leve, coisa que passa.

(note to self: mas porque raio é que praticamente todos os casamentos que vejo escolhem sempre aquela cor de vinho feínha que dói? acham mesmo que não há mais cores que dêem com branco no dia de casamento? pronto, era só uma dúvida existencial minha. ah! já para não falar em casar no dia dos namorados.. a sério? pronto, está bem. se calhar são só as minhas comichões que acham isto tudo uma piroseira pegada.)


estive à procura de uma imagem fofa para pôr aqui. entretanto, depois de tanta foto fofinha de casamento enjoei. sim, sou chatinha.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

please, shoot me


então a minha roomie, que é comprometida virtualmente (tem namorado pelas internetes, ele também é de lá de Cabo Verde), tem estado a ver vestidos de noiva no site do pronoivas. repito: vestidos de noiva. atentem à minha ordem de pensamentos, ok?

namoro virtual
dia dos namorados
vestidos de noiva
... hmmm
VESTIDO DE NOIVA!
CASAMENTO!
NAMORO VIRTUAL
CASAMENTO???
a sério, CASAMENTO???
DEMÊNCIA MENTAL - de certeza. 


entenderam? pronto. era só isto.


(mas aquilo do pronoivas até que tem um vestido ou outro que escapa, bonitinhos assim mais ou menos. eu a ver vestidos de noiva? se perguntarem eu nego tudo.)

eu não tenho namorado


não, não tenho. e não, este não é um post deprimente em que me lamento por ser solteira.

não tenho namorado, mas tenho os melhores dos amigos. 
ontem comecei a ficar meio adoentada, o desânimo começou a invadir-me por saber que vou deixar a única cadeira que queria mesmo fazer, nem que deixasse 3 das outras, para trás... só em setembro e em recurso é que a faço. estava triste e adicionando a tudo isso uma pitada de drama familiar estava à beira de um ataque de choro. até que o C e o D me telefonam - tudo bem até aqui. telefonam-me a cantar! sim, a cantar! uma música de um versículo bíblico que dizia qualquer coisa como "be not dismayed, be not discouraged...", mesmo bonitinha. aguentei as lágrimas estoicamente até pararem de cantar, depois com toda a doçura do mundo estiveram a tentar animar-me, aí pronto, uma mulher não é de ferro, lá se abriram as comportas. 

são pequenos gestos. a amizade/amor só pode ser demonstrado em acções, as palavras são bonitas e são necessárias, mas por si só não chegam. são pequenos gestos que fazem a diferença.

não sou frustrada por não ter namorado - sim, eu sei que todas as frustradas dizem isto, mas a sério, estou bem assim. hoje estou bem. tão bem que até resolvi plantar ranúnculos num vaso para pôr na minha varanda. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

note to self:

amanhã é dia de não abrir o computador.

porquê?
porque tenho exame na sexta.



pronto, pronto. e porque é dia 14 de fevereiro, blhac.

embirrações

ainda me irritam os blogs em que pupula o amor.

ainda me irrita mais que um dia, por insanidade mental absoluta, o meu se venha a tornar assim. PLEASE, NOOOO!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

tanto para fazer


sabem aquela sensação penosa de ter tanto para fazer e nem saber por onde começar? pois, a minha reacção a essa maldita sensação (que neste caso não é só uma sensação, é a pura da realidade) é não fazer nada. que lindo, não é? não, não é. já são 11 e tal, tinha o dia planeado para começar às 8h visto a enorme de lista de "things to do" que tenho. a minha solução para escapar a toda a responsabilidade foi ficar na cama na preguicite, assistir ao último episódio de uma série que só durou uma temporada e que foi cancelada lá nos states (porque eles acham que são tão cool e que a série não tem sexo nem violência suficiente para eles, haja paciência), série essa que é super gira e super leve (um tanto ao quanto previsível, but who cares, faz-me rir) - Emily Owens, M.D.. e depois fica-se meio azeada porque o último episódio, como todos os últimos episódios, deixa-nos de água na boca. enfim.

parte mais excitante do dia: vai começar uma convenção que já ando ansiosa que chegue desde Novembro e por causa da tal convenção vem um amigo meu da Aústria, que conheci quando estive um ano lá bem no norte da Europa, amigo esse que devo ter que ir buscar à rodoviária - o que me deixa meio nervosa, temos trocado mails ultimamente e assim mas já não nos vemos há mais de um ano e diga-se que nunca fomos propriamente próximos, mas pronto, vai correr bem - espero. wish me luck!


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

és tu.



Quando tentaste fazer-me uma trança hoje, duas vezes - sim, eu contei -  por exemplo. Acho que fazes de propósito, só pode. Tu sabes, não é? Tens que saber. Aliás, é óbvio. Não vês no meu olhar? Até eu sinto que estou a ser demasiado transparente quando os nossos olhos se cruzam. 

Voltando ao início: a trança. Eu gosto quando me tocas - pronto, podia ficar por aqui, mas não - no cabelo. Inadvertidamente os teus dedos tocaram no meu pescoço umas três vezes, reparaste quando fiquei com pele de galinha? És tu, é o teu toque. Sim, sou especialmente sensível no pescoço, mas contigo é diferente. E a maneira como mexes no meu cabelo? Tão cuidadoso, tão suave, tão bom. Claro que eu tentei ignorar todo este turbilhão de coisas estranhas que me estavas a fazer sentir. Sabes que não sou muito boa a lidar com estas coisas. Se calhar não sabes, eu não o mostro, pois. Tentei pegar no livro e fingir que estudava qualquer coisa, naquela atitude de "nem estou nada a ligar que me estás a mexer no cabelo e isto é tudo muito normal, olha para mim tão indiferente", acho que notaste - talvez esta minha frieza e distância te chateie, desculpa-me, é mais forte que eu. Disseste-me para estar quieta e inclinar a cabeça para trás, o que tornou a minha tarefa "fingir que estudo" um bocado complicada, desisti entretanto. Fui só eu, tu, as tuas mãos e o meu cabelo durante um tempo. Fechei os olhos com força, acho que numa tentativa de alguma forma poder transmitir-te os meus pensamentos, uma tentativa de telepaticamente te dizer "gosto de ti. gosto muito de ti".  Acho que os meus esforços não obtiveram resultados. Entretanto soltei um suspiro e numa tentativa de perceber o que te fazia levar tanto tempo a fazer o raio de uma trança levei as minhas mãos ao cabelo e devagarinho fui tacteando o trabalho que já tinhas feito. As tuas mãos lá encaminharam as minhas para poder perceber melhor o esforço que tinhas feito nos últimos minutos. Pareceu-me bem. Mas de propositadamente deixaste que ela se desmanchasse no final, querias começar de novo disseste, "não sei fazer tranças indianas", soltei uma gargalhada e lá te expliquei que não era uma "trança indiana", era uma "trança francesa". Numa tentativa de te conseguir ensinar comecei a primeira parte e ia pedindo que me fosses segurando mechas do meu cabelo. Depois os dois juntos lá fomos trocando mechas de cabelo e a trança lá se foi formando. As minhas mãos e as tuas iam-se tocando várias vezes. Vês? Uma coisa tão simples. O toque da tua mão na minha, soa quase ridículo, eu sei, mas eu gosto. Gosto do teu toque. Gostei quando ontem e hoje me afagaste a face de modo carinhoso. Soa piroso, soa. Eu sei. Mas eu gosto. Gosto de ti. 

Um dia, talvez, vais ler isto e vais perceber. Não sei, talvez não. Mas só quero que saibas que o teu toque só é importante por uma razão: porque eu gosto de ti, do que és, de quem és e principalmente, porque gosto de Quem te criou. Esperar assim não custa tanto, "o amor tudo espera, tudo suporta".