consigo ser tão atrasadinha às vezes, livra! dá-me uma raiva da minha falta de jeito, da minha awkwardness, da minha atrasadice que nem sabem.
imaginem o cenário:
eu, depois de fazer um discurso em público sobre um tema bem interessante, tive que cumprimentar à saída toda a gente que esteve a assistir. toda a gente a elogiar o meu discurso e a parabenizar-me (nem faço ideia se tal palavra existe - descansem, não a usei no discurso, só para o caso de estarem preocupados). até que chega o meu amigo-super-awesome-com-todo-o-potencial-para-namorado-e-com-quem-me-dou-muito-bem, que me elogiou bastante pelo discurso e pelo tema, para me cumprimentar também. E agora é que se dá o momento awkward, atentai minha gente: ele abraça-me - coisa que nunca tinha acontecido antes, não perguntem porquê, simplesmente nunca aconteceu - e eu que não estava nada à espera em vez de o abraçar de volta dou-lhe umas palmadinhas ao de leve nas costas ao género "pronto pronto, já passou". sou mesmo uma anormal, right? é que adorei o facto de ele ter resolvido abraçar-me, coisa que não demonstrei de todo, o que é irritante. claro que me martirizei mentalmente logo a seguir, mas para piorar, a coisa não ficou por aqui. pouco tempo depois, a seguir a ter cumprimentado todos, ele veio comigo até ao carro onde eu fui buscar uma coisa que eu tinha ficado de lhe oferecer (outra long story que não vou contar), ele agradeceu-me imenso e o quê que ele resolve fazer? guess what?? exacto, abraçar-me outra vez! e eu, o quê que eu faço?? fico sem reacção e faço a mesma coisa das pitty-palmadinhas nas costas.
não, a sério Maria? A SÉRIO? que anormal, que anormal, que anormal! kill me now.
e pronto, assim matei as duas tentativas de abraço do amigo-super-awesome-com-todo-o-potencial-para-namorado-e-com-quem-me-dou-muito-bem (que já agora é o D. deste post). isto fica aqui registado para vergonha minha e para calcar bem isto na minha memória, que isto não se repita, nunca mais.
(porquê que ao reler este post fico com a sensação que foi escrito por uma adolescente de 15 anos? que horror, pensei que estas coisas nunca mais acontecessem aos 22, a sério)
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