sempre adorei cartas. escrevê-las principalmente, talvez porque já escrevi muito mais do que me escreveram a mim e acabei por gostar imenso de o fazer. para mim escrever uma carta tem sempre um ritual associado, isto porque sou uma chatinha e gosto de escolher o papel, escrever primeiro em rascunho e depois passar a limpo, gosto de decorar a carta com algum pormenor especial e discreto. depois o envelope, escrever a morada e levá-la aos correios. imagino sempre o percurso da carta até chegar às mãos do destinatário e a reacção da pessoa ao recebê-la e lê-la. todo o processo me entusiasma. para mim cartas são especiais. são pessoais. às vezes demoro muito tempo a fazer uma mas dá-me um prazer enorme. eu adoro cartas.
hoje escrevi duas pequenas cartas que me demoraram metade do dia. não pensem que eram longas ou demasiado elaboradas, não eram. mas todo o processo levou o seu tempo. desde me levantar de manhã mais cedo do que gostaria e ir à papelaria comprar papel especial e respectivos envelopes, até o desenhar pequenas papoilas tanto nos envelopes como na carta em si e a curta mensagem a ser escrita. só na escolha do papel e envelopes foi uma meia hora, havia tanta coisa bonitinha (e cara! - fiquei de olho num selo para marcar com cera a abertura dos envelopes, simplesmente fantástico. fica para o dia em que enlouqueça e comece a escrever cartas de amor - esperemos que daqui a muito, muito tempo).
amanhã - se os ctt forem mesmo eficientes e o correio azul não for uma utopia - vão haver duas avós, em partes muito diferentes do país, muito felizes por verem uma carta diferente na sua caixa do correio. a minha avó e a dele.
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