terça-feira, 29 de julho de 2014

hoje é dia de António Zambujo

(e de praia, primeira vez do ano, yey!)

 e estou tão desejosa de o ver ao vivo, finalmente!

 

oh não

a minha irmã mais nova tem uma conta no ask.fm e o meu irmão tem um canal de youtube. tirem-me deste filme, os meus irmãos já são adolescentes oficialmente.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

raivinha

Estou a ter o meu momento de raiva da noite. Primeiro porque já devia estar a dormir há uma hora, só vou dormir 4 horas e ainda tenho que estudar quando me levantar, é deveras triste.

Mas claro que o meu principal motivo de raiva não é esse, é eu sentir-me enganada. Estou tão cansada de gente mentirosa egoísta. Só me apetece fazer coisas que não posso, tipo mandar alguém apanhar no dito, é feio e pouco classy, but who cares!

Tinha dois exames amanhã. Já só vou fazer um. Nem sei porquê que ainda me inscrevo para dois neste época, é o terceiro ano que o faço e nunca dá resultado. Fazer o mesmo erro várias vezes é a minha especialidade.

F

as in Fuck you.

domingo, 27 de julho de 2014

Meu rico pingo doce

Há um gajo tão bom e alto que trabalha no pingo doce ao pé de minha casa que sempre que lá vou olho discretamente para todo o lado a ver se o vejo. É mesmo giros para mal dos meus pecados deve ter namorada. E mesmo que não tivesse, a maneira como vou vestida até lá, quando passei o dia todo enfiada em casa a estudar, também não abona a meu favor: leggins todas velhas, camisola enorme e sem soutien (não, nada sexy eu sei), chinelos, e pior, bandolete no cabelo.. eu sei, o desastre.
Quando entrei lá estava ele na caixa, alto, forte, muita giro com um quê de tímido e eu juro que o meu coração acelerou um bocadinho e esbocei um sorriso. Depois lembrei-me que estava completamente anti-sexy e quase fiquei chateada comigo própria.
Fui só buscar umas pilhas para a máquina de calcular para os exames de amanhã e pus-me obviamente na fila para a caixa dele, que era a única aberta. Deixei uma senhora que vinha cheia de compras ir para a caixa primeiro, só para poder estar ali e ir olhando para ele, juro que sentia o perfume dele, tão bom. Mas o plano saiu-me furado.. ele virou-se para mim (eu sei, isto tinha tudo para ser bom..) e disse-me "olhe se quiser pode ir para a caixa atrás de mim que abriu agora". Só me apeteceu dizer-lhe "não, não quero, mas um filho teu já queria", mas relutantemente lá peguei nas pilhas e lhe disse obrigada. Deu para lhe ver o rabo (sim, sou uma comum pecadora, olhei), é bom. E ele é giro que dói, já disse?

Estou a tentar não conectar o facto de que o outro também tem um part-time no pingo doce, que também é alto e um quê de tímido, que é giro e que tem um rabo bom. Naaa, não tem nada a ver.

(Filho da puta do subconsciente).

fingir força

é o que sempre fiz, a vida toda. fazer tripas coração, provavelmente algo que aprendi com a minha mãe. e agora tenho que fingir outra vez, porque também aprendi, que ás vezes fingimos durante tanto tempo que acabamos por acreditar e acaba por resultar de alguma maneira. eu preciso que resulte. fingir que apesar de saber que não resulta, que remar sozinha não dá, que não há nem vai haver "nós", fingir que isso não me magoa, que mais uma vez estou com o coração nas mãos a tentar pô-lo de volta no lugar.

eu só pedia que aquele dia tivesse durado mais tempo. mas já sei que "o tempo não pára, o tempo é coisa rara e a gente só repara, quando ele já passou. (...) vou pedir ao tempo, que me dê mais tempo para olhar para ti".


sexta-feira, 25 de julho de 2014

la même histoire

tenho uma vontade enorme de me perder por aí. não sei, andar e andar. correr. até não saber onde estou. de dançar na rua à noite, ao som de música francesa. podia ser em paris, talvez.

não pertenço a lugar nenhum. é uma sensação estranha. estranha mas boa. não sei se algum dia vou querer pertencer a algum lugar, gosto da ideia da procura constante. há pessoas que pertencem a lugares, a outras pessoas, a hábitos. eu não pertenço a coisa nenhuma. sinto-me solta do mundo, dos outros.

há pessoas que têm pedacinhos meus. mas não lhes pertenço por inteiro, ninguém me tem por inteiro. como se eu fosse um tipo qualquer de matéria que se desintegra e se distribui. ele ganhou um bocadinho meu. hoje quis muito ter esse bocadinho que lhe dei de volta. mas não funciona assim, uma vez dado nunca mais volta para nós. por outro lado quero que ele o guarde, que olhe para ele e que tenha saudades, que se lembre do sorriso que lhe dei enquanto o via na minha varanda a fumar, sem camisola, e quando me olhou enquanto  deixava o fumo escapar-lhe por entre os lábios e me dizia "não quero que me vejas assim" e eu lhe dei o meu melhor sorriso e lhe disse "eu gosto de ti todo, até desse hábito horrivel". e depois beijei-o pela milésima vez nesse dia. naquele sorriso, naquele olhar, e em cada beijo foi um bocadinho meu. quero que ele o guarde para sempre, que se recorde dele com nostalgia, ou então que me o devolva. obliviation. no fundo é o que todos tememos, ser esquecidos. 

não pertenço a lugar nenhum. não pertenço a ninguém. só em bocadinhos. andam bocadinhos meus distribuídos por aí, pelo mundo. por isso é que não pertenço a lugar nenhum e a ninguém.

provavelmente nada disto faz sentido, não é suposto fazer. hoje vou adormecer na varanda, enrolada numa manta, enquanto ouço "la même histoire" em repeat. vou ver o sol nascer.acabei o último cigarro.

faz-me bem estar assim sozinha às vezes. sabe-me tão bem. 




quinta-feira, 24 de julho de 2014

mesmo fixe era

eu não estar apaixonada outra vez.
 "eia, outra vez? então mas apaixonaste assim com facilidade?" não. demorei coisa de um ano a desintoxicar-me da última. foi só das dores mais profundas que já senti, para que fique registado. mas consegui. e prefiro não ver a pessoa em questão (o D, acho que era assim que eu chamava) por uns bons meses ainda.
agora, se esta história consegue ser muito mais disparatada? consegue, bem mais! eu tenho tendência para arranjar chatices, sei lá, é que nem são elas que me procuram, eu maior parte das vezes procuro-as, é fantástico.

appetite for destruction

não punha os pés aqui há mais de um ano, sou mesmo fixe. depois chego aqui leio algumas coisas e fico "oh meu deus, que pudicazinha chata, que vidinha sem piada nenhuma, mas há mesmo alguém que se interesse em ler isto?". eu canso-me de mim própria, é quase um problema crónico. a minha vontade foi apagar tudo o que escrevi alguma vez aqui e começar de novo. tenho imensas crises existenciais destas. mas posso dizer, hand on heart, que mudei bastante. e ainda estou em processo metamorfósico (não sei se a palavra existe e também não quero saber, you get the idea). (ah, a parte de meter frases em inglês no meio do que digo continua, há manias irritantes que não se podem perder). 

ainda pensei começar um novo blogue, mas isso dava muito trabalho. tinha que fazer uma nova conta, mudar tudo o que sigo para lá e começar do zero (já me cansei só de pensar, para verem o estado em que estou). 

por isso o começo novo é a partir deste post. que se lixe. 

olá, sou a Maria, tenho 24 anos e a minha vida tem sido uma montanha russa, não daquelas super exciting, daquelas meh. mas estou cansada do meh, e ultimamente ando com tendências meio destrutivas (se eu acrescentasse "auto" antes da última palavra parecia muito depressivo né? não é essa a intenção) e para descobrir um monte de coisas novas que andei estes anos todos de vida púdica e recatada sem experimentar (acalmem essas mentes conspurcadas, ok?). 

por agora é só isto, sayonara.