é o que sempre fiz, a vida toda. fazer tripas coração, provavelmente algo que aprendi com a minha mãe. e agora tenho que fingir outra vez, porque também aprendi, que ás vezes fingimos durante tanto tempo que acabamos por acreditar e acaba por resultar de alguma maneira. eu preciso que resulte. fingir que apesar de saber que não resulta, que remar sozinha não dá, que não há nem vai haver "nós", fingir que isso não me magoa, que mais uma vez estou com o coração nas mãos a tentar pô-lo de volta no lugar.
eu só pedia que aquele dia tivesse durado mais tempo. mas já sei que "o tempo não pára, o tempo é coisa rara e a gente só repara, quando ele já passou. (...) vou pedir ao tempo, que me dê mais tempo para olhar para ti".
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